O Moza acolheu, esta quinta-feira, 20 de Junho, pelo segundo ano consecutivo o debate sobre os desafios da economia mundial e o seu impacto para Moçambique, num encontro que contou com participação de especialistas internacionais da quinta maior escola de negócios do Mundo, a Fundação Dom Cabral.
As abordagens propostas nas discussões roçaram a componente da biodiversidade, um tema cada vez mais em voga na agenda mundial, trazido ao encontro pelo ambientalista Carlos Serra, que se predispôs a apresentar a temática sobre a “Sustentabilidade Ambiental como Pilar da Resiliência Económica: Desafios e Oportunidades para Moçambique”.
Entre os oradores principais, figurava Marcos Troyjo, um académico da Universidade de Oxford, com experiência de liderança, na frente de instituições renomadas brasileiras e internacionais, com destaque para o facto de ter sido o primeiro ocidental a dirigir um organismo internacional, sediado na Ásia, e também o primeiro brasileiro a presidir um Banco multilateral de desenvolvimento.
Troyjo que discutiu sobre os desafios da economia mundial em 2024, novas oportunidades para as economias emergentes, destacou, dentre vários factos o crescimento da população mundial e o papel de África nas novas dinâmicas mundiais.
De acordo com Marcos Troyjo, o continente africano, muito particularmente Moçambique e os países da africa subsaariana, devem estar prontos para responder às necessidades do mundo, “explorando o seu vasto potencial em benefício da sua própria economia, gerando cada vez mais riquezas para o país e para as populações”.
Já Carlos Serra, por seu turno, entende que não existe desenvolvimento sem a observância dos preceitos básicos da sustentabilidade.
Segundo Serra, só com seres humanos cada vez mais conscientes sobre o ecossistema é que se podem desenvolver e implementar políticas amigas do ambiente, “capazes de conciliar o crescimento económico e a protecção da biodiversidade”.
Ainda na ocasião, o Presidente do Conselho de Administração do Moza, João Figueiredo, deixou claro aos presentes que o Banco, afinal, também está engajado na protecção do ambiente, implementando acções concretas para minimizar o impacto das mudanças climáticas.
Entretanto, o Presidente da Comissão Executiva do Moza, Manuel Soares, fez do momento uma oportunidade para celebrar os 16 anos do Banco, valorizando o engajamento dos colaboradores para o sucesso do Moza.
A conferência sobre os sobre os Desafios da Economia Mundial em 2024 e o seu Impacto para Moçambique teve também a participação do Embaixador do Brasil, Ademar Seabra Júnior e da representante da Fundação Dom Cabral (FDC), Viviane Barreto.
Na senda do encontro, foi, ainda, assinado um Memorando de Entendimento entre o Moza e a FDC para a viabilização de um programa educacional denominado “Pra Frente” através do qual as Pequenas e Médias Empresas nacionais, que trabalham com o Moza, beneficiarão de formações e capacitações em matérias de empreendedorismo e gestão.